O hemograma é o exame que avalia as principais linhagens de células do sangue: hemácias, leucócitos e plaquetas. Ele é solicitado por profissionais da saúde para auxiliar no diagnóstico de várias doenças, incluindo anemia, infecções e leucemia.
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Hoje, vamos começar a explicar sobre os itens que compõem um hemograma, e o Eritrograma é a primeira seção desse exame fundamental.
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No Eritrograma, focamos em três principais indicadores: Contagem de Hemácias, Hemoglobina e Hematócrito. Quando esses valores estão abaixo do normal, podem sinalizar uma anemia, indicando uma diminuição no número de eritrócitos. Já quando estão elevados, podem apontar para policitemia, indicando um excesso.
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O leucograma é a segunda parte do hemograma, onde se examinam os leucócitos, células fundamentais para o sistema imune. Os valores normais variam de 4.000 a 11.000 células por microlitro. A elevação é conhecida como leucocitose, enquanto a redução é chamada de leucopenia.
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Lembrando que valores um pouco acima ou abaixo da faixa de referência não são necessariamente motivo para preocupação, pois pequenas variações são normais.
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Em futuras publicações, vamos explorar mais itens do hemograma para que você possa compreender melhor a saúde do seu sangue.
Você já ouviu falar da Trombocitemia Essencial? É uma forma de neoplasia do sangue que ocorre devido a uma mutação nas células-tronco, fazendo com que se proliferem descontroladamente.
Nesse processo, as plaquetas, são as mais impactadas e passam a ser produzidas em excesso. Por serem responsáveis pela coagulação sanguínea, esse excesso traz consigo o risco significativo de formação de coágulos (trombos), que podem bloquear os vasos sanguíneos. Esse é, sem dúvida, um dos maiores perigos associados a essa doença.
Embora as causas ainda não sejam completamente compreendidas, estudos revelam que mais da metade dos pacientes apresenta uma anormalidade no gene JAK2, especificamente a mutação V617F. Apesar de parecer complexo, este é um dado importante que pode guiar o diagnóstico e tratamento de forma eficaz.
É importante saber que a Trombocitemia Essencial não é uma condição hereditária. Ela é rara e geralmente afeta adultos acima dos 40 anos, sendo mais comum em pessoas com mais de 60 anos.
Você já se perguntou por que sua anemia persiste, mesmo após tratamentos? Pode ser hora de considerar a possibilidade de Mielofibrose Primária (MF).
A MF é uma forma rara de Neoplasia Mieloproliferativa Crônica (NMPC). Com uma incidência de apenas 0,5 a 1,5 casos por 100.000 habitantes por ano, é uma condição pouco comum que geralmente afeta pessoas mais velhas, predominantemente acima dos 60 anos.
Em cerca de um quarto dos casos, os pacientes não apresentam sintomas visíveis e são diagnosticados quando um hemograma de rotina é solicitado. No entanto, em outros casos, os sintomas se manifestam devido a várias razões, incluindo anemia persistente, aumento do baço (esplenomegalia), estado hipermetabólico, alterações na coagulação, trombose, entre outros.
A MF pode ser desafiadora, mas o conhecimento é poder. Ao compreender os sintomas e sinais, podemos agir proativamente para cuidar do nosso sangue e, por conseguinte, de nossa saúde geral.
A policitemia é caracterizada pelo aumento no número de hemácias, os glóbulos vermelhos do sangue. À medida que essas hemácias se acumulam, o sangue se torna viscoso, criando desafios para o seu fluxo através dos vasos sanguíneos. Os sintomas podem variar de dores de cabeça persistentes a tonturas e, em casos extremos, até mesmo infartos.
O diagnóstico precoce é essencial. A policitemia muitas vezes não apresenta sintomas claros e pode ser detectada apenas através de exames de sangue regulares. Contudo, em alguns casos, sinais como fadiga excessiva, visão turva, coceira na pele e tonturas podem surgir, indicando a necessidade de investigação médica.
Diversos fatores podem desencadear a policitemia, incluindo alterações genéticas, doenças cardiovasculares, obesidade e até mesmo tabagismo.
A policitemia pode ser classificada em alguns tipos:
–Policitemia primária, também chamada de policitemia vera, que é uma doença genética caracterizada pela produção anormal de células sanguíneas.
-Policitemia relativa, que é caracterizada pelo aumento do número de hemácias devido à diminuição do volume plasmático, como no caso da desidratação, por exemplo, não sendo necessariamente indicativo de que houve maior produção de hemácias;
–Policitemia secundária, que acontece devido a doenças que podem levar ao aumento não só do número de hemácias, mas também de outros parâmetros laboratoriais. É importante que seja identificada a causa da policitemia para que seja estabelecido o melhor tipo de de tratamento, evitando o surgimento de outros sintomas ou complicações.
É importante que a pessoa faça o hemograma de forma regular e, se você notar qualquer sintoma relacionado à policitemia, não hesite em procurar ajuda médica.
O linfoma é um tipo de câncer dos linfonodos, também conhecidos , popularmente , como ínguas.
Eles são parte do sistema imunológico e aonde ocorre maturação dos linfócitos, células responsáveis por parte da defesa do nosso organismo.
O linfoma é considerado um câncer hematológico, como a leucemia, mas com uma diferença fundamental: no linfoma, o câncer se desenvolve nos linfonodos e baço, enquanto a leucemia ocorre na medula óssea.
As causas do linfoma podem ser diversas, envolvendo fatores genéticos, ambientais e até infecções prévias, como o vírus Epstein-Barr.
Existem duas categorias principais de linfomas: Hodgkin e não Hodgkin. Ambos podem ter sintomas semelhantes, mas diferem no prognóstico e na progressão da doença.
Os sintomas iniciais podem ser inespecíficos, incluindo febre, suores noturnos, perda de peso, coceira pelo corpo e fraqueza geral. Posteriormente, um inchaço indolor dos linfonodos, conhecido como “ínguas,” pode se desenvolver.
É importante notar que nem todo aumento dos linfonodos significa necessariamente um linfoma, pois isso pode ser causado por infecções, como amigdalite. No entanto, nos linfomas, o aumento dos gânglios é progressivo e não está associado a infecções conhecidas. Outros sintomas incluem o aparecimento de linfonodos em locais incomuns e dor abdominal, frequentemente relacionada a um baço aumentado.
Se você apresentar algum desses sintomas, é fundamental buscar orientação de um hematologista
A plaquetopenia é uma ocorrência comum nos resultados de hemogramas de rotina e pode estar associada a diversas condições. A contagem baixa de plaquetas é definida como um valor abaixo do limite inferior considerado normal, sendo que os graus de plaquetopenia podem ser categorizados como leves, moderados e graves.
A queda nas plaquetas pode ocorrer quando o corpo não consegue produzi-las em quantidade suficiente ou quando elas são destruídas mais rapidamente do que podem ser produzidas.
Suas causas podem incluir fatores de origem imunológica, infecções ativas, uso de medicamentos, gravidez e doença hepática crônica.
Casos leves geralmente não apresentam sintomas, enquanto casos mais graves podem resultar em sangramento incontrolável, necessitando atenção médica imediata.
Marque uma consulta com um hematologista se observar algum sinal de alerta, tais como:
-Hematomas frequentes de cor vermelha, roxa ou marrom.
-Erupção cutânea com pequenos pontos vermelhos ou roxos.
–Sangramento nasal frequente.
–Sangramento gengival.
-Sangramento prolongado de feridas ou que não cessa por conta própria.
–Menstruação intensa.
–Presença de sangue nas fezes ou na urina.
Dependendo da causa da diminuição de plaquetas, o tratamento pode ser necessário ou não. A avaliação do hematologista para diagnóstico da causa e tratamento é fundamental.
A anemia pode ocorrer por diversas razões, sendo a mais comum a falta de ferro no organismo. A anemia por deficiência de ferro pode ser desencadeada por várias condições distintas, incluindo períodos menstruais intensos, câncer e sangramento no trato digestivo. Ela pode variar em gravidade e se manifestar como uma condição temporária ou crônica.
Este tipo de anemia se manifesta quando há uma insuficiência de ferro para a produção adequada de hemoglobina nos glóbulos vermelhos. As principais causas de anemia por deficiência de ferro em adultos englobam:
–Hemorragias;
-Condições que impedem a absorção de ferro no trato gastrointestinal.
Muitas pessoas com esta anemia não apresentam sintomas visíveis. Aquelas que manifestam sintomas podem se sentir cansadas ou fracas, especialmente ao realizar atividades físicas ou subir escadas. Os sintomas mais comuns incluem:
-Fraqueza;
–Fadiga;
–Dor de cabeça;
-Irritabilidade;
-Dificuldade em se exercitar (devido à falta de ar e batimentos cardíacos acelerados);
-Unhas quebradiças;
–Desejo anormal de ingerir substâncias não alimentares, como argila ou papel.
O diagnóstico é geralmente realizado por meio de exames de sangue. A avaliação inicial envolve tipicamente uma consulta médica, exame físico e análises sanguíneas.
O mieloma múltiplo é uma forma rara de câncer do sangue que afeta os plasmócitos, células da medula óssea responsável pela produção de imunoglobulinas, conhecidas como anticorpos e responsáveis pela defesa do nosso organismo. Nesta doença, os plasmocitos sofrem mutações e passam a produzir anticorpos disfuncionais e em quantidade aumentada.
Essas células cancerígenas comprometem, portanto, a produção de células sanguíneas saudáveis e interferem no funcionamento do sistema imunológico.
Os sintomas podem variar e incluir desde dor óssea, fadiga, fraqueza, infecções frequentes até problemas renais e anemia. Para diagnosticar o mieloma múltiplo, são realizados exames de sangue, urina, biópsia de medula óssea e radiografias, que permitem a avaliação precisa da extensão do câncer e a determinação do melhor tratamento para cada paciente.
O tratamento do mieloma múltiplo pode incluir quimioterapia, terapia alvo, transplante de células-tronco e imunoterapia. A abordagem terapêutica é individualizada de acordo com o estágio e as características do câncer em cada paciente, visando controlar a doença, aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. É fundamental contar com uma equipe médica especializada para enfrentar essa condição com o máximo de suporte e informações possíveis.
Cuide da sua saúde sanguínea!
De maneira simples, nosso sangue é classificado em quatro grupos principais: A, B, AB ou O, determinados por diferentes antígenos presentes na superfície das células vermelhas. Essa diversidade nos grupos sanguíneos pode influenciar nossa saúde e até mesmo a compatibilidade em transfusões e transplantes.
Entender a tipagem sanguínea é essencial para cuidar da nossa saúde e pode fazer toda a diferença em momentos críticos, podendo até mesmo salvar vidas!