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A Síndrome Antifosfolípide (SAF), uma condição autoimune complexa, é reconhecida por sua influência significativa na coagulação sanguínea, resultando em trombose arterial, venosa ou microvascular, além de complicações relacionadas à gravidez, como abortos repetitivos e prematuridade. Esta síndrome é desencadeada pela produção de anticorpos direcionados contra proteínas ligadas a fosfolipídios, essenciais para o equilíbrio da coagulação.

As manifestações clínicas da SAF são diversas e podem incluir trombose arterial ou venosa, perda gestacional recorrente, trombocitopenia, anemia hemolítica e microangiopatia trombótica, todas as quais podem resultar em disfunção neurológica ou renal.

Existem diferentes formas de SAF: a primária, que ocorre de forma independente, sem associação com outras doenças autoimunes; e a secundária, que ocorre simultaneamente com outras condições autoimunes, como o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES).

Uma forma rara e grave da SAF é a Síndrome Antifosfolípide Catastrófica, caracterizada por múltiplas tromboses difusas em pequenos vasos, potencialmente resultando em disfunção de múltiplos órgãos.

O tratamento da SAF visa principalmente prevenir a recorrência de episódios trombóticos, sendo realizado com inibidores da ativação plaquetária e/ou anticoagulantes. Durante a gravidez, um cuidado especial é necessário, optando-se por anticoagulantes subcutâneos devido aos riscos associados aos orais. Além disso, é fundamental evitar o tabagismo e o uso de medicamentos contendo estrogênio, que podem aumentar o risco de complicações trombóticas.

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